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O que é a família se não um grupo?
Seja de que família estivermos a falar, todos nós temos várias.
Começamos inevitavelmente com uma, a que não escolhemos, a que nos dá a dádiva ainda hoje mal compreendida, a vida.
Este grupo unido unicamente por laços de sangue, vai ao longo dos anos desenvolvendo para o bem e para o mal uma relação connosco.
Identificamo-nos com algumas pessoas, discordamos de outras, criamos amizades e até podemos ter alguns inimigos.
O facto é que esta família é o nosso primeiro contacto com o mundo e, por isso mesmo, é considerado o grupo mais importante.
No entanto, ao longo do tempo, vamos conhecendo pessoas novas e inevitavelmente vamos criando novos laços, novos grupos. Criamos uma nova família, a que escolhemos, cultivamos e colhemos.
Estes grupos já não têm a ligação hereditária mas possuem algo que julgo ser ainda mais forte. A ligação espiritual, energética. Ou, se preferirem para os mais sépticos, a empatia e o poder da escolha.
Estas pessoas não são nossos amigos por escolha do destino, mas sim por nossa própria escolha. E deles, está claro!...
São grupos onde nos integramos com interesses em comum, partilhamos e discutimos ideias, geramos uma linguagem própria que mais ninguém entende, zangamo-nos, fazemos as pazes, abraçamos com o mais puro dos amores.
A família não precisa de pertencer a uma árvore genealógica. As famílias da nossa vida são as poucas árvores que para nós são uma autêntica floresta.
Música do Dia: Red Hot Chili Pepers - By The Way (2002)
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Quando inventaram os carros, inventaram-no com um acessório aparentemente de segurança, denominado a buzina.
A buzina existe com um propósito, o de alertar os outros carros para a nossa, como método de segurança. Deve ser, portanto, utilizada em casos específicos como por exemplo, quando estamos a fazer uma curva muito apertada e queremos alertar um carro que possa surgir no sentido oposto, ou quando queremos por alguma razão chamar à atenção outro condutor ou peão para a nossa presença numa situação de perigo, ou quando temos de conduzir para um destino com urgência e vamos dando pequenos toques na buzina para alertar os outros condutores.
No entanto, com o passar dos anos, a buzina torna-se cada vez mais um meio de comunicação com uma gramática muito própria, mas que todos conseguem compreender.
Uma buzinadela hoje em dia pode querer dizer:
"Sai da frente que estou com pressa!"
"Está verde!"
"Porque é que paraste?! Anda lá com isso!"
"Estúpido!"
"Vê lá por onde andas!"
"Vou-te ultrapassar!" ... "Já te ultrapassei!"
"Cuidado! És cego ou fazes-te?"
"Estou aqui! Olhem para mim tão belo e majestoso!"
E a lista continua...
Basicamente, a buzina é uma extensão da nossa raiva quando conduzimos.
Quando estamos a controlar um carro algo muda dentro de nós. Tornamo-nos pessoas zangadas, impacientes e territoriais.
Óbvio que não posso generalizar, até porque sou conhecido por quase nunca usar a buzina do meu carro. Mas é um facto que quando estamos protegidos dentro do nosso carro, podemos dizer e ser o que bem quisermos que ninguém nos ouve.
Ao menos que possa existir um sítio onde a nossa zanga possa ser manifestada.
O problema é quando usamos um sistema de segurança para algo tão simples, como chamar estúpido a um desconhecido só porque parou para estacionar o carro.
Música do Dia: Dinah Washington - Blue Gardenia (1955)
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Se há coisa que não percebo, é qualquer forma de discriminação.
Quem somos nós para julgarmos outra pessoa seja por que razão for? Ainda por mais pelo país onde nasceu, pela cultura com que vive, religião que acredita, raça com que nasce... O que nos faz superiores em algum modo?
É muito comum ouvir, os brancos isto, os pretos aquilo, os muçulmanos isto, os católicos aquilo, os satânicos não sei que mais, os homossexuais blá blá blá, os homens devem ser isto, as mulheres devem ser aquilo, os ricos tal e tal e os pobres tal e coiso.
Vamos agora fazer um pequeno exercício, vamos imaginar que toda a gente no mundo, sem exceção, era rico, branco, de olhos azuis, heterossexual e todos com a mesma profissão (exatamente, só uma!).
A sociedade caía meus caros leitores!... Não teríamos nada a aprender porque todos já sabiam tudo de toda a gente. Não haveria mistérios para desvendar, nem emoções para partilhar em qualquer conversa. Não existiriam casas, cultura, alimentos, razões para rir e chorar, conversas construtivas, discussões, concordâncias... Nada!...
As diferenças entre nós e o respeito pelas mesmas, são o que torna qualquer meio social um BOM meio social.
No entanto, ainda existem pessoas que acreditam que o mundo seria perfeito à sua imagem, esquecendo-se que por trás das melhores qualidades escondem-se poderosos defeitos.
Ninguém é perfeito, ninguém está acima de ninguém.
Só há uma coisa que todos temos em comum, algo que podemos partilhar e discutir, algo que tentamos constantemente descobrir a cada dia que passa. Todos estamos vivos.
Música do Dia: Nat King Cole - Unforgettable (1951)
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O que é um homem?
Um líder? Um protetor? Um garanhão? Um vencedor?
Há muitas conversas sobre os homens e sobre todos os preconceitos que os rodeiam. Que devem ser valentes, destemidos. Que devem manter as costas direitas quando conversam com uma mulher. Que devem ser dominadores, fortes, fiéis e atraentes. Devem fazer exercício, ser românticos, atenciosos, com memória de elefante e saber cuidar de uma mulher.
Caramba! Há muitas responsabilidades para um homem, não há?
E o pior, é que não são só algumas mulheres a exigirem certos estereótipos. Por vezes os próprios homens criam ideias de como ser-se perfeito.
Tanta pressão, meu Deus!
Isto serve, obviamente, para o bem e para o mal. O homem tanto é um protetor valente como um mulherengo que dança nupcialmente com tudo o que se mexe.
Tal como os homens, também as mulheres sofrem deste mesmo mal. Mas só posso falar pelo sexo que conheço melhor, o meu.
Ser-se homem não é só ser-se humano com pilinha.
Eu não tenho um corpo de estátua grega, tenho alguma massa mas uma barriga de conforto a mais. Eu não percebo nada de carros nem de futebol, mas percebo de música. Eu prefiro um hamster ou um papagaio, a um pittbull ou um pastor alemão. Eu adoro videojogos e ainda por cima prefiro mil vezes um Super Mario a qualquer jogo de tiros ou futebol. Não sou destemido, mas sei ser protetor. Não sou valente, nem muito romântico, mas sou honesto. Pratico karaté mas não faço mais desporto nenhum. Nunca apanhei uma bebedeira na vida nem tenciono apanhar. Nunca dei um murro a ninguém, e evito sempre qualquer confusão. E começar a conversar com uma mulher? Só depois de respirar fundo cinco vezes.
Eu não sou, como já devem ter reparado, o típico homem como os estereótipos descrevem.
Sou simplesmente um homem.
Música do Dia: Hoobastank - If I Were You (2006)
A vida dá com cada volta!...
A cada momento de estabilidade, sabemos que vai chegar uma altura em que tudo vai mudar.
Será para melhor? Para pior? Não sabemos nem há forma de saber.
Mas sabemos uma coisa, que a vida nunca é estável.
Esta é das maiores certezas que aprendi em 27 anos de vida!
Num momento temos uma rotina, aquela que nos mantém ativos ao longo do dia, o fio condutor que aparenta ser sólido, mas que é tão frágil como um ato e tão simples como uma frase.
Mas é disso mesmo que a vida é feita, de momentos. Sejam eles longos ou curtos, são o que nos monta, constrói e destrói. Os momentos são a caneta da nossa vida, e as memórias o papel.
É inevitável o facto de passarmos por bons e maus momentos que irão de algum modo quebrar as nossas rotinas.
Poderemos ficar tristes, e sentiremos medo. Oh se sentiremos!...
Mas se mantivermos os olhos bem abertos e a mente preparada, poderemos ganhar algo que nos continuará sempre a mover em frente: a determinação!
PS: Obras terminadas!
Música do Dia: More Than A Thousand - In Loving Memory (Life Flashes...) (2004)
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